Em um evento histórico que reverbera por todo o México, a nova presidenta, Claudia Sheinbaum, empossou-se no dia 1º de outubro de 2024, após uma vitória esmagadora nas eleições que garantiram a legitimidade da quarta transformação do país. Com mais de 60% dos votos, Sheinbaum se tornou a primeira mulher a ocupar a presidência da República em 200 anos, marcando um ponto de inflexão na política mexicana.
A reestruturação do sistema judicial, que até agora era uma promessa, começa a se concretizar com a eleição de novos juízes e magistrados, uma mudança que desafia a resistência da oposição. As reformas, que visam garantir maior participação popular e transparência, são um reflexo da demanda da sociedade por justiça acessível e efetiva. “Hoje, o povo do México fez história”, declarou Sheinbaum em seu discurso, enfatizando a importância da voz do cidadão na construção do novo regime.
Entretanto, a situação nos Estados Unidos se torna cada vez mais crítica. A recente repressão aos migrantes em Los Angeles, impulsionada pela decisão de Donald Trump de enviar tropas da Guarda Nacional, levanta alarmes sobre os direitos humanos. O governador da Califórnia, Gavin Newsom, denunciou a ação como uma violação da soberania estadual e pediu a retirada imediata das forças, intensificando o conflito entre o governo federal e as autoridades locais.
As manifestações em defesa dos direitos dos migrantes se multiplicam, e a comunidade mexicana nos Estados Unidos se une em protestos contra a brutalidade policial. A tensão entre os dois países aumenta, e a resposta do governo mexicano é firme. A presidenta Sheinbaum expressou solidariedade aos afetados, destacando que os mexicanos nos EUA são trabalhadores dignos que buscam uma vida melhor.
O clima é tenso, com promessas de retaliação e um apelo crescente por justiça social. As próximas semanas serão cruciais para determinar o futuro tanto do México quanto das comunidades mexicanas no exterior. O mundo observa enquanto o México luta por sua identidade e direitos, em um momento que pode redefinir a política e a sociedade por muitos anos.