**CELSO AMORIM ANALISA O BRASIL E A CÚPULA DO BRICS NO RIO DE JANEIRO**
Em meio a um cenário geopolítico em constante transformação, Celso Amorim, assessor especial da presidência da República e ex-ministro das Relações Exteriores, destacou a importância do Brasil na presidência do BRICS durante uma entrevista explosiva. O bloco, que reúne Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, agora se expande com a inclusão de seis novos países, refletindo um movimento estratégico para fortalecer a cooperação entre nações emergentes e desafiá-las a ordem mundial ocidental.
Amorim enfatizou que o BRICS surgiu em um contexto de multipolaridade, com o objetivo de criar uma alternativa viável às instituições tradicionais, como o FMI e o Banco Mundial. “O BRICS busca se consolidar como um contraponto a essas instituições ocidentais”, afirmou. A inclusão de novos membros, como Egito e Arábia Saudita, aumenta a representatividade do grupo, mas também apresenta desafios em manter a coesão.
A crise econômica de 2008 foi um ponto de virada, conferindo ao BRICS uma relevância inesperada. “A crise nos mostrou que era necessário um fórum para discutir e coordenar temas críticos”, disse Amorim. Ele também abordou a crescente erosão da influência do dólar e a necessidade de plataformas de pagamento alternativas entre os países do bloco.
Com tensões geopolíticas elevadas, incluindo a guerra na Ucrânia e o conflito em Gaza, o papel do BRICS como mediador e força de diálogo se torna ainda mais crucial. “Cada país tem seus interesses, mas o grupo cria oportunidades para discussões bilaterais”, declarou. Amorim acredita que o BRICS pode ser uma força vital para um futuro mais equilibrado e sustentável.
A cúpula do BRICS no Rio de Janeiro promete ser um marco na política internacional, e o Brasil está pronto para liderar essa transformação. “Estamos em um momento decisivo, e o mundo está observando”, concluiu Amorim, enfatizando a urgência das discussões que moldarão o futuro das relações globais.