**Relatório Alarmante Revela Crescente Violência Contra Povos Indígenas no Brasil**
Um novo relatório devastador do Conselho Indienista Missionário (CIM) expõe uma escalada alarmante de violência contra os povos indígenas do Brasil em 2024, um ano marcado pela implementação da controversa Lei 14.701, que parece ter legitimado práticas violentas e invasões em terras indígenas. O documento, lançado na última segunda-feira, revela que foram registrados 1.241 casos de violência contra o patrimônio indígena, 424 agressões físicas e 211 assassinatos, além de 208 suicídios entre indígenas, destacando uma crise humanitária sem precedentes.
Roberto Liebgott, um dos organizadores do relatório, alerta que a nova legislação não apenas intensificou os ataques armados, como também paralisou órgãos essenciais como a FUNAI, comprometendo a demarcação de terras e a proteção das comunidades. “A lei se tornou um instrumento de autorização para a violência sistemática”, afirma Liebgott, evidenciando que as comunidades indígenas, como os Avá-Guarani no Paraná, enfrentam constantes ameaças, incluindo incêndios e tiros.
O relatório revela um cenário sombrio de omissão do Estado, com 857 casos de inação governamental registrados, refletindo a falta de políticas efetivas para proteger os direitos dos povos indígenas. “O Estado brasileiro não atua de maneira eficaz na proteção dessas populações”, critica Liebgott, ressaltando a urgência de uma resposta institucional diante da crise.
Além disso, o aumento alarmante de feminicídios e racismo institucional em 2024 destaca a profundidade da violência enfrentada por essas comunidades. O relatório, que já está disponível ao público, não é apenas uma denúncia, mas um chamado à ação, buscando mobilizar a sociedade e os órgãos públicos para enfrentar essa realidade devastadora.
À medida que o Brasil se vê diante de uma crise de direitos humanos, a necessidade de uma resposta urgente e eficaz nunca foi tão clara. A vida e a terra dos povos indígenas estão em jogo, e a hora de agir é agora.