**PRISÃO DE ZAMBELLI, TRUMP E A EXTREMA DIREITA MUNDIAL – JOÃO CEZAR CASTRO ROCHA**
A prisão da deputada Carla Zambelli na Itália desencadeou uma onda de repercussões políticas que reverberam em todo o mundo. O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, determinou que a Advocacia Geral da União (AGU) inicie o processo de extradição da parlamentar, que estava foragida após ser condenada a dez anos de prisão por sua participação na invasão do Conselho Nacional de Justiça e por ameaçar um jornalista armado durante as eleições.
A decisão de Moraes, que ocorre logo após a comunicação oficial da prisão de Zambelli, é um marco simbólico e jurídico, sinalizando que o judiciário brasileiro não recuará diante das ameaças da extrema direita. Zambelli, figura emblemática do bolsonarismo, é vista como um símbolo do avanço da retórica de ódio e da desinformação, que têm sido monetizadas nas redes sociais.
A prisão de Zambelli não é apenas um evento isolado; ela se insere em um contexto mais amplo de uma luta global contra a extrema direita, que encontra ressonância na figura de Donald Trump. O ex-presidente dos EUA, que também enfrenta processos judiciais, está tentando politizar a lei Magnitsky, uma medida que visa punir violadores de direitos humanos, mas que, segundo críticos, pode acabar sendo usada para defender interesses pessoais.
A combinação desses eventos destaca a fragilidade da democracia em várias nações, onde a extrema direita tenta se reerguer através da desinformação e do ataque às instituições. O futuro de Zambelli e a resposta do Brasil a essa questão poderão ter implicações significativas na luta global contra a radicalização política.
Em meio a essa turbulência, a expectativa é alta sobre como o judiciário brasileiro lidará com a extradição e o que isso significará para a dinâmica política interna e externa. O mundo observa atentamente, pois o desfecho desse caso pode ser um divisor de águas na resistência contra a ascensão da extrema direita.