Chernobyl, um dos locais mais infames do mundo devido ao desastre nuclear de 1986, voltou a ser uma ameaça real. No dia 14 de fevereiro de 2025, um ataque de drone russo danificou gravemente a estrutura de proteção do reator 4, conhecida como New Safe Confinement. O impacto resultou em um buraco de 6 metros na cúpula, comprometendo a segurança e levantando preocupações sobre um possível novo desastre nuclear.
A explosão não só causou danos visíveis, mas também resultou em incêndios e fumaça tóxica, colocando em risco a já delicada situação da radiação na região. Com mais de 300 danos menores identificados, a estrutura que deveria conter os resíduos radioativos agora enfrenta um aumento significativo da vulnerabilidade. A umidade que infiltra no domo pode gerar reações químicas perigosas, potencialmente liberando partículas tóxicas no ar.
A Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) assegura que, por enquanto, os níveis de radiação permanecem normais, mas a situação é crítica. A estrutura, que deveria durar mais de 100 anos, agora está fragilizada e precisa de reparos urgentes, com um custo estimado em 1,5 bilhões de euros. No entanto, as autoridades ucranianas revelam que apenas 25 milhões de euros estão disponíveis para a recuperação.
A ministra da Ucrânia alertou que, se um novo ataque ocorrer ou se as condições climáticas se agravarem, o risco de um colapso total da estrutura aumenta consideravelmente. A tensão entre a Ucrânia e a Rússia intensificou-se, com acusações mútuas sobre a responsabilidade pelo ataque. Enquanto isso, cientistas continuam a monitorar a região, que se tornou um laboratório vivo, mas a ameaça de Chernobyl não foi esquecida. O mundo observa ansiosamente, ciente de que a segurança da Europa pode estar em jogo.