**TARIFAS DE TRUMP IMPACTAM BRASIL: EMBAIXADOR ROBERTO AZEVEDO ANALISA SITUAÇÃO CRÍTICA**
As novas tarifas de 50% impostas pelo presidente Donald Trump ao Brasil entraram em vigor, gerando uma onda de preocupação e perdas bilionárias para a economia brasileira. Em entrevista exclusiva ao ICL News, o embaixador Roberto Azevedo, ex-diretor-geral da Organização Mundial do Comércio (OMC), destacou a gravidade da situação e a resposta do governo Lula, que acionou a OMC em busca de soluções.
Azevedo enfatizou que, apesar da paralisia do mecanismo de solução de controvérsias da OMC, a ação do Brasil é um passo correto. A consulta obrigatória entre as partes pode abrir canais de diálogo, embora a resistência dos Estados Unidos seja evidente. “O Brasil não está sozinho; Canadá e China também contestaram as tarifas”, afirmou Azevedo, ressaltando a necessidade urgente de um entendimento multilateral.
O embaixador criticou a abordagem unilateral de Trump, que, segundo ele, enfraquece o multilateralismo e cria precedentes perigosos. “A ingerência nas questões internas do Brasil, vinculando tarifas a processos judiciais, é inaceitável”, disse, referindo-se à tentativa de Trump de influenciar a política brasileira em relação ao ex-presidente Bolsonaro.
Azevedo alertou que a crise atual pode ser uma oportunidade para reinventar a OMC e o sistema multilateral, mas a situação é delicada. “O mundo não pode perder o multilateralismo; sem ele, a desordem será catastrófica”, concluiu.
Enquanto o governo Lula busca alternativas, a pressão sobre a economia brasileira aumenta. A comunidade internacional observa atentamente os desdobramentos, e a resposta do Brasil pode definir o futuro das relações comerciais globais. O que acontecerá a seguir é incerto, mas uma coisa é clara: o Brasil está em um momento crítico, e as decisões tomadas agora terão repercussões profundas.